sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O dízimo judaico não é cristão

É impressionante como existem líderes evangélicos que em pleno séc. XXI continuam repetindo os mesmos argumentos do passado para que seus membros paguem 10% do salário recebido todo mês à instituíção religiosa. Usando os mesmos versículos descontextualizados para legitimar o dízimo judaico no seio da igreja cristã, estes líderes não cansam de repetir as mesmas frases prontas que deram certo no passado, porém, que hoje não se sustentam mais.
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Todos sabemos que as instituíções, sejam elas religiosas ou não, precisam de recursos para se manterem ativas em seus seguimentos. A ajuda financeira é fundamental para a manutenção e continuidade do trabalho a qual se destina as instituíções. Nisto se inclui até as igrejas cristãs, uma vez que precisam arcar com suas despesas mensais, como água, aluguel, luz, material etc.
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Até aí tudo bem. O problema é que muitos líderes, para conseguir estes recursos financeiros, usam de argumentos falaciosos, que não condiz com a realidade cristã primitiva, pautada nos ensinos de Jesus de Nazaré. Ou seja, fazem uso de uma lei judaica, a qual os judeus tinham que entregar seus dízimos no templo de Jesrusalém. Lei esta que não se encontra endossada no Novo Testamento, seja por Jesus ou pelos apóstolos.
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Em nenhum momento, onde o NT faz menção de recursos financeiros, encontramos o uso da lei judaica sendo usado como modelo aos cristãos. Antes, encontramos, Paulo, por exemplo, dizendo: "Cada um contribua segundo propôs em seu coração". Ou seja, num momento onde irmãos precisavam de recursos financeiros Paulo não faz uso do dízimo judaico como um mandamento também destinado aos cristãos, antes, deixa claro que cada um contribua segundo o coração.
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Um ensino que condiz com a mensagem do Evangelho, da graça, do amor. Nada no Evangelho é feito por coerção ou por medo. Jesus não obriga ninguém a seguí-lo, e muito menos, neste caso a dar 10% do seu salário todo mês. As pessoas podem até dar, mas não porque Jesus mandou, ou os apóstolos ordenaram.
Portanto, os líderes precisam ser honestos e deixar bem claro a seus membros que eles estão livres de dar 10% do seu salário á igreja. Parar de fazer barganhas, ameaças, direta ou indiretamente, contra aqueles que não dão o dízimo. Precisam abandonar o poder, a vaidade, porque o Reino de Deus não é como o reino deste mundo.
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Os cristãos são chamados a servir no Reino com amor. Na verdade o amor é a motivação cristã, não somente para ajudar a igreja finaceiramente, mas também para dar sua própria vida á causa de Cristo.

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