Apesar da teologia cristã ter transitado e sido influenciada pela filosofia grega durante sua
história, o evangelho de Cristo ao contrário do dualismo platônico que "desvalorizava" o corpo e "valorizava" a alma eterna, e que "negava o mundo presente" em detrimento de outro mundo, o das idéias, Jesus Cristo reafirma o valor da vida
humana sem negar este mundo, fazendo-se solidário e parceiro de todos. A fé cristã, como podemos constatar nos evangelhos não
nega o sofrimento e problemas que enfrentamos nesta vida, mas também não
promete soluções mágicas e fantasiosas que muito nos roubam a realidade e nos
entorpece. Antes, abre nossos olhos e nos fortalece, convocando-nos a termos uma postura confiante e firme, sempre reafirmando a ética e a justiça diante das adversidades.
No passado os discípulos caminharam com o homem Jesus de Nazaré. E só após este caminhar - relacionamento - puderam conhecer o rosto de Deus, seu caráter e verdadeiro amor pela criação. Somente a partir desta experiência humana os discípulos puderam compreender que o rei "não está no palácio com vestes reais e cercado de pessoas puras e santas, dando ordens aos seus subordinados", mas nas relações sinceras de amor, curando os doentes, perdoando e acolhendo os excluídos.
Ou seja, não precisamos sair deste mundo, deste corpo para encontrar (experienciar) Deus, isto porque ele fez o caminho inverso, veio ao nosso encontro - o sagrado pisou o profano - contrariando aqueles que negavam e negam este mundo e esta vida. O que infelizmente percebo é que o movimento evangélico hodierno se tornou idólatra, porque fabricou um ídolo que nega toda nossa humanidade e a criação de Deus em detrimento de um outro mundo. Desenvolveram uma falsa espiritualidade, falsa santidade, e uma falsa aparência de piedade. Um ídolo desconectado com a realidade da vida e automaticamente insensível ao sofrimento humano. Um ídolo que exige templos para sua adoração e sacrifícios para poder abençoar.
No passado os discípulos caminharam com o homem Jesus de Nazaré. E só após este caminhar - relacionamento - puderam conhecer o rosto de Deus, seu caráter e verdadeiro amor pela criação. Somente a partir desta experiência humana os discípulos puderam compreender que o rei "não está no palácio com vestes reais e cercado de pessoas puras e santas, dando ordens aos seus subordinados", mas nas relações sinceras de amor, curando os doentes, perdoando e acolhendo os excluídos.
Ou seja, não precisamos sair deste mundo, deste corpo para encontrar (experienciar) Deus, isto porque ele fez o caminho inverso, veio ao nosso encontro - o sagrado pisou o profano - contrariando aqueles que negavam e negam este mundo e esta vida. O que infelizmente percebo é que o movimento evangélico hodierno se tornou idólatra, porque fabricou um ídolo que nega toda nossa humanidade e a criação de Deus em detrimento de um outro mundo. Desenvolveram uma falsa espiritualidade, falsa santidade, e uma falsa aparência de piedade. Um ídolo desconectado com a realidade da vida e automaticamente insensível ao sofrimento humano. Um ídolo que exige templos para sua adoração e sacrifícios para poder abençoar.