Cristãos ecumenicos

A palavra ecumenismo ainda é mal vista por muitos cristãos, principalmente pelos evangélicos, que não compreendem muito bem a proposta ecumênica. Acham que ser ecumênicos é aderir às praticas de outras religiões, a adorarem outros deuses etc. Por isso a repudia dos evangélicos pelo ecumenismo.

Ao contrário do senso comum evangélico, a visão ecumênica procura a busca pela unidade da igreja de Cristo. Igreja como corpo e não como instituição. Esforça-se para que toda a “terra seja habitada” e plena da presença de Deus, e que os valores do reino sejam encarnados por todas as pessoas. Na verdade este é o sentido etimológico para palavra grega “Oikoumene”, que provém da raiz “oikos” (casa), que designa para nós cristãos como já dito, “toda terra habitada”.
O diálogo ecumênico é fundamental para promover a paz e o respeito mútuo entre as pessoas, e não somente cristãs, mas, de todos os credos religiosos.

A pesar de existir muitas entidades ecumênicas, visando determinadas áreas como evangelização, educação, capacitação entre outras, todas tem como objetivo a paz mundial entre os seres humanos, que como bem disse o teólogo ecumênio Hans Kung, “só acontecerá a paz quando houver diálogo e respeito entre as religiões”.

Para o Cristianismo a divisão entre cristãos protestantes históricos, pentecostais carismáticos, católicos romanos e ortodoxos só dificulta e atrapalha o anúncio da boa nova de Jesus de Nazaré. E é aqui que se faz necessário o ecumenismo, que propõe a união entre estes ramos do Cristianismo, uma vez que todos têm em comum um único propósito como discípulos de Cristo.

Precisamos entender que assim como Jesus Cristo não se filiou a nenhum partido religioso de sua época como os fariseus, saduceus entre outros, antes, defendeu os interesses de seu Pai, nós também não deveríamos deixar de pregar e viver os interesses de Deus, em detrimento dos nossos dogmas institucionais.