quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Flávio José (poesia)

Não sou profeta nem tão pouco visionário
mas o diário desse mundo ta na cara
Um viajante na boléia do destino
sou mais um fio da tesoura e da navalha
Levando a vida tiro verso da cartola
chora viola nesse mundo sem amor
Desigualdade rima com hipocresia
e não tem verso nem poesia que console um cantador
A natureza na fumaça se mistura
morre a criatura e o planeta sente
A dor o desespero no olhar de uma criança
a humanidade fecha os olhos para não ver
Televisão de fantasia e violência, aumenta
o crime e cresce a fome do poder
Boi com sede bebe lama barriga seca não dá sono
Eu não sou dono do mundo, mas tenho culpa
porque sou filho do dono

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