segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Exposição “Tesouros da Terra Santa”











Do dia 13 de agosto a 02 de novembro de 2008, no Museu de Arte de São Paulo (MASP), o visitante teve a oportunidade de conferir de perto e ter tido a sensação de ser transportado para a Jerusalém do ano 1000 a.C. A exposição “Tesouros da Terra Santa – do Rei David ao Cristianismo”, que traz cerca de 150 achados arqueológicos que remontam passagens históricas importantes para cultura judaica e cristã, como a construção do Primeiro e Segundo templos judeus e a passagem de Jesus Cristo pela Palestina. Entre as peças que compõem o conjunto também está a "pedra da vitória", entalhada por um rei de Aram, contendo uma inscrição que menciona a "Casa de David", referência direta à dinastia fundada pelo Rei David. A mostra trará ainda a pedra funerária que marca o local do sepultamento de Uzias, um dos reis de Judá, cujo túmulo foi trocado de local quando da expansão de Jerusalém séculos após seu reinado. São peças que revelam a arquitetura real, a devoção religiosa e a administração durante o período do Primeiro Templo. Vimos inscrições em anéis datado do século VII a.C. Encontramos também algo que causou certo espanto em alguns visitantes (principalmentes judeus), segundo os próprios orientadores que trabalhavam no museu, foram as estatuetas encontradas em Judá de mulheres grávidas, com seios de fora, estatuetas tocando tambores, e um altar de quatro chifres pagão, onde eram oferecidas as ofertas de libação, decorado com figuras de animais. Esses artefatos nos mostram que a religião israelita foi contaminada, e tinham costumes religiosos de outros povos. Não é a toa que os profetas denunciam todos os pecados de Israel e pede para que eles se voltem para o único Deus. Muitas coisas interessantes referentes ao Cristianismo impressionam o visitante, por exemplo, os jarros de barro semelhantes aos que Jesus transformou água em vinho, a réplica da última ceia, com seus utensílios, os formatos da igreja e alguns artefatos do período Bizantino dos séculos IV ao VII d.C. A exposição termina, justamente, na época do surgimento do Islamismo, que modificou as relações sociais e o curso da história na Terra Santa.
Foi uma oportunidade única ter acesso a essas peças que nos faz viajar no tempo e termos uma pequena noção de como eram as coisas nos tempos bíblicos. Quem teve a oportunidade de ir talvez nunca mais tenha outra oportunidade, e quem não viu, talvez agora só veja em Israel.

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